Ana Gandum (n. Évora, 1983) é uma historiadora da fotografia e artista cujo trabalho com imagens, narrativas e objectos se desenvolve a partir de práticas expositivas, performáticas, livros de autor, comunicações, escrita e publicações de textos ensaísticos e académicos. Deste modo, tem vindo a desdobrar uma mesma pesquisa histórica num dispositivo plural com abordagens e linguagens diferenciadas que habitualmente privilegia a imagética da fotografia vernacular marginal ao contexto do arquivo.

No seu contexto de pesquisa, a relação com o cinema ou a imagem em movimento desenvolve-se essencialmente pela tensão que este estabelece com o médium fotográfico, de modo a melhor discernir sobre as características ou valências deste último, bem como sobre os espaços e fronteiras pouco nítidas entre ambos cinema e fotografia na era digital, no âmbito do que o teórico da imagem Philippe Dubois designa de “elasticidade temporal das imagens contemporâneas”.

Licenciou-se em História pela NOVA Universidade de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Portugal, em 2005. Concluiu um Master 2 em “Histoires Savoirs Pouvoirs” em 2007 pela Université Paris 8 Saint-Denis, em França. Em 2019, conclui um Doutoramento em Estudos Artísticos – Arte e Mediações pela instituição em que se licenciou sob orientação de Margarida Medeiros e de Mauricio Lissovsky da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação. É membro integrado do ICNOVA no Grupo de Investigação Cultural, Mediação e Artes pertencendo igualmente ao EVAM – Estudos Visuais e Arqueologia dos Media. É coordenadora do site www.foto-sintese.pt dedicado à mostra de fundos de fotografia vernacular.

Trabalha desde 2022 como programadora cultural na Direção Regional da Cultura da Madeira.